segunda-feira, 8 de outubro de 2007

SEMINÁRIO III

Ciberativismo: O sucesso do ativismo on line

A partir de meados dos anos 90 com o advento das novas tecnologias, principalmente da Internet, e a apropriação dessas tecnologias pelas organizações foi surgindo uma nova forma de ativismo em rede, o ciberativismo.

Praticando o ciberativismo desde 1998, o Greenpeace tem mais de 60% dos seus colaboradores oriundos da internet. Mariana Schwarz, gerente de marketing de relacionamento do Greenpeace Brasil, lembrou em entrevista ao site IDG NOW! o início dessa forma de participação na ONG.
“Naquela época, nós passávamos as mensagens para nossas listas pessoais e todo mundo mandava do seu próprio e-mail direto para o presidente da República”.

Na contramão desse sucesso, alguns teóricos, como Sidney Tarrow, defendem que as verdadeiras ações coletivas devem se basear em relações face-a-face. Ele acreditas que somente dessa forma é possível obter sucesso.

De acordo com Tarrow, pela internet esses grupos não atingirão seus objetivos. As afirmações do teórico citadas por Maria Eugenia Cavalcanti Rigitano em seu artigo sobre redes e ciberativismo, vão de encontro a pelo menos dois exemplos de sucesso do ciberativismo. Grupos que tem sua base de apoio bastante fundamentada pela participação na internet, como o Centro de Mídia Independente e o Greenpeace.

Com uma participação maciça do genuíno ciberativismo o Greepeace colaborou para a criação da "Moratória da Soja", que impede a comercialização da soja cultivada em áreas de desflorestamentos no Bioma Amazônico.

Segundo a direção do grupo, por meio das filiais européias da ONG, cópias do relatório "Comendo a Amazônia", foram enviadas para pressionar a rede McDonald´s, que na época comprava soja cultivada na região pela Cargill.

Schwarz afirma que a ação resultou em um acordo entre o McDonald´s e a Cargill. Os termos do acordo previam que, durante dois anos, não se plantaria soja na Amazônia, que é um dos principais vetores de desmatamento da nossa floresta.

De acordo com Rigitano, as possibilidades que surgem com essa emergência do ativismo digital são muito grandes e poderosas. “A partir da atuação de indivíduos e grupos em rede e na Rede, é possível ampliar as reivindicações; difundindo informações e discussões em busca de apoio para uma causa; organizando e mobilizando para ações on-line e off-line; invadindo páginas de “inimigos” e congestionando servidores.

Esses grupos de ativistas encontram na mídia alternativa outra grande base de apoio para suas ações, por estas estarem, na sua maioria, ligadas ao movimento social.

P.S: Para saber mais sobre o Centro de Mídia Independente (CMI) visite o blog do Vladimir. Se tiver interesse sobre Mídias Alternativas vá ao blog do Marcelo Bloc.

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