terça-feira, 23 de outubro de 2007

SEMINÁRIO V

TV Digital: Interatividade chega aos lares brasileiros

A TV digital finalmente chegará ao Brasil para um pequeno grupo de telespectadores no final do ano que vem. As transmissões começam na região metropolitana de São Paulo, em dezembro de 2007. As demais capitais começam as transmissões em dezembro de 2009, e todos os outros municípios, em dezembro de 2013.

De acordo com informação do site folha online, inicialmente, as emissoras continuarão usando também o sistema analógico, que só será desligado no final de junho de 2016. O ministro das Comunicações Hélio Costa afirmou ao folha online que o cronograma é "conservador" e que a implantação pode até ocorrer antes do previsto.

Visto por muitos como sendo mais uma etapa da evolução das novas tecnologias, a TV Digital não trará apenas uma imagem mais definida. Ela deverá proporcionar à população brasileira a possibilidade real de interatividade, ou seja, de comunicação em uma via de mão dupla entre telespectador e emissora.

Contudo, segundo Daniel Castro, colunista da Folha de São Paulo, a curto prazo, a TV digital vai mudar pouca coisa na vida do telespectador. Segundo ele, a falada "revolução" só ocorrerá com o aumento da produção de conteúdo de alta definição, com o desenvolvimento de aplicações de interatividade e com a venda de aparelhos que faça a convergência de mídias (ou seja, que reúna televisão, internet e telefonia) a preços acessíveis.

O padrão japonês de TV Digital foi escolhido pelo governo brasileiro para ser usado no país para as transmissões de TV digital. O governo justificou a escolha afirmando que ele teria se mostrado tecnicamente mais "robusto" para transmissões para receptores móveis. O padrão era o preferido das emissoras de TV, porque, em tese, torna mais difícil a entrada das empresas de telefonia no mercado televisivo.

Quando finalmente a TV Digital chegar a todo o país o telespectador terá duas opções para ter acesso às transmissões digitais: comprar uma TV nova, que já receba o sinal digital, ou comprar um conversor, que o governo estima que custará aproximadamente entre R$ 100,00 e R$ 200,00.

Estimativas revelam que até o final de junho de 2016, o telespectador que não comprar pelo menos um conversor continuará a ter acesso à programação analógica. Mas, quando o sistema analógico for desligado, para assistir à televisão, será preciso comprar pelo menos o conversor.

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